Junho foi um mês muito tenso. Assim que decidimos que nos mudaríamos de Ridgewood pra Altanta no fim do mês ou começo de julho, Nelson recebeu a notícia que teria que estar em São Paulo, a trabalho, do dia 18 ao dia 24 de julho. Aproveitando que estaria no Brasil, ele resolveu tirar 1 semana de férias antes dessa data e dar um pulinho em Vila Velha pra ver a família. Lógico que eu quis vir também, né? Então no mesmo dia em que acertávamos os detalhes da mudança, compramos minha passagem.
Eu não usava meu passaporte brasileiro desde julho do ano passado quando vim ao Brasil e, alguns dias depois de comprar a passagem, resolvi dar uma olhada "só pra conferir". Então fiz uma "pequena" descoberta: ele tinha ACABADO de vencer. Depois de um momento de pânico, tratei de tentar marcar logo um horário no Consulado Brasileiro em NYC pra renovar meu passaporte. Consegui agendar para uma semana depois, no dia 29 de junho. O tio de Nelson tinha ido ao Consulado renovar o dele na semana anterior e só tinha demorado 6 dias úteis pra receber o novo passaporte, então eu fiquei tranquila e pensei que com certeza eu ia conseguir receber o meu a tempo de pegar o avião no dia 12 de julho.
A correria seria grande, mas ia dar tudo certo: dia 29/6 eu estaria no Consulado, dia 30/6 tudo estaria empacotado, dia 01/7 sairíamos de NJ, dia 02/7 chegaríamos na GA, até dia 05/7 acharíamos um apartamento, até dia 08/7 a mudança chegaria, dia 12/7 embarcaríamos pro Brasil. Mas eu me despenquei até o Consulado pra voltar pra casa de mãos abanando. A moça que me atendeu disse que não tinha nem como o passaporte ficar pronto antes do dia 15 de julho, muito menos ser enviado pelo correio pra outro estado a tempo.
Eu já estava toda triste achando que minha viagem ia melar quando Nelson achou online a informação que brasileiros podem embarcar para o Brasil com passaporte vencido ou Carteira de Identidade Nacional (RG). Pra ele o problema estava resolvido, mas eu não seria eu mesma se ainda assim não tivesse ficado super-hiper-ultra tensa até o dia da viagem e só sossegasse e acreditasse que realmente estava vindo pro Brasil depois de estar devidamente acomodada na poltrona número 23E do vôo Delta Atlanta-São Paulo. Ser otimista é isso aí.